segunda-feira, 13 de outubro de 2008

VATICANO II E MARIA - IX

Virtudes de Maria que a Igreja deve imitar

Na Santíssima Virgem, a Igreja alcançou já essa perfeição que faz que ela se apresente sem mancha nem ruga (cf. Ef 5,27). Os fiéis, porém, continuam ainda a esforçar-se por crescer na santidade, vencendo o pecado; por isso levantam os olhos para Maria que refulge a toda a comunidade dos eleitos como modelo de virtudes. A Igreja, reflectindo piedosamente sobre Maria e contemplando-a à luz do Verbo feito homem, penetra cheia de respeito, mais e mais no íntimo do altíssimo mistério da encarnação, e vai tomando cada vez mais a semelhança do seu Esposo. Com efeito, quando é exaltada e honrada Maria - que, pela sua cooperação íntima na história da salvação, de certo modo reúne e reflecte as maiores exigências da fé - ela atrai os crentes para seu Filho, para o sacrifício dele e para o amor do Pai. E a Igreja, por sua vez, empenhada como está na glória de Cristo, torna-se mais semelhante à excelsa figura que a representa, progredindo continuamente na fé, na esperança e na caridade, buscando e cumprindo em tudo a vontade de Deus. Com razão, a Igreja, também na sua actividade apostólica, olha para aquela que gerou a Cristo, concebido do Espírito Santo o nascido da Virgem precisamente para que nasça e cresça também no coração dos fiéis, por meio da Igreja. A Virgem, durante a vida, foi modelo daquele amor materno de que devem estar animados todos aqueles que colaboram na missão apostólica da Igreja para a redenção dos homens.

VATICANO II; Lumen gentium, 65.

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