quarta-feira, 1 de outubro de 2008

VATICANO II E MARIA - VI

A Virgem Maria depois da ascensão

Foi vontade de Deus manifestar solenemente o sacramento da salvação humana, só depois de ter enviado o Espírito prometido por Cristo. Por isso, vemos os apóstolos, antes do dia do Pentecostes, assíduos e unânimes na oração, com algumas mulheres e com Maria mãe de Jesus e os irmãos deste" (At 1,14), e vemos também Maria implorando com suas preces o dom do Espírito, que na anunciação, já a tinha coberto com sua sombra. Finalmente, a Virgem Imaculada, que fora preservada de toda mancha da culpa original, terminando o curso de sua vida terrena, foi levada a glória celeste em corpo e alma, e exaltada pelo Senhor como Rainha do universo, para que se parecesse mais com o seu Filho, Senhor dos senhores (cf. Ap 19,16) e vencedor do pecado e da morte.

Maria, escrava do Senhor,
na obra da redenção

É um só o nosso Mediador, segundo as palavras do Apóstolo: “Porque há um só Deus, também há um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, verdadeiro homem, que se ofereceu em resgate por todos” (1Tm 2,5-6). A função maternal de Maria para com os homens, de nenhum modo obscurece ou diminui esta mediação única de Cristo, antes mostra qual é a sua eficácia. Na verdade, todo o influxo salutar da Santíssima Virgem em favor dos homens não é imposto por nenhuma necessidade intrínseca, mas sim por livre escolha de Deus, e dimana da superabundância dos méritos de Cristo, funda-se na sua mediação, dela depende absolutamente e dela tira toda a sua eficácia; e, longe de impedir, fomenta ainda mais o contacto Imediato dos fiéis com Cristo.

VATICANO II; Lumen gentium, 59-60.

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